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Sete hábitos simples para um coração saudável

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda sete práticas simples para quem quer garantir a saúde do coração . Adotá-las pode evitar doenças cardíacas graves como o acidente vascular cerebral (AVC) ou o infarto .

Basta seguir essas sete dicas para manter o coração funcionando perfeitamente.

Conheça os hábitos para um coração saudável e coloque-os em prática:

  • Não fume

As doenças causadas ou agravadas pelo fumo correspondem a 63% das mortes do planeta. Em 2011, o cigarro foi responsável pela morte de quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo – dessas, 600 mil eram fumantes passivos.

Até 2030, serão oito milhões de vítimas . O cigarro começa a destruir o DNA do fumante poucos minutos depois que a fumaça é inalada. Parar de fumar é difícil, mas possível.

  • Faça exercícios

O exercício físico não deve fazer parte da rotina apenas de quem quer entrar em forma. A atividade é um dos itens mais importantes para fazer o corpo funcionar corretamente. Os exercícios afastam doenças cardiovasculares , reduzem a necessidade de medicação em quem tem hipertensão, reduzem a enxaqueca , fazem bem ao cérebro e melhoram a performance sexual e a capacidade pulmonar.

  • Controle o peso

O excesso de peso é prejudicial à saúde. O ideal é manter o índice de massa corpórea (IMC) entre 20 e 25. A obesidade praticamente dobrou no mundo nos últimos 30 anos, afetando 500 milhões de adultos, a maioria mulheres. O excesso de peso predispõe à doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e colesterol alto.

  • Controle a pressão arterial

Cheque sua pressão com frequência. Quando for ao médico, seja de qualquer especialidade, peça para ele medir sua pressão arterial e fique atento se ela está acima de 12 por 8, o valor considerado normal.

Se tiver histórico de hipertensão na família, faça o acompanhamento a partir dos 30 anos e não descuide da quantidade de sal ingerida. A hipertensão arterial aumenta a probabilidade de ter um derrame, infarto, insuficiência cardíaca, doença renal e morte prematura. No Brasil, 27% das mulheres e 21% dos homens sofrem da doença, segundo o Ministério da Saúde.

  • Faça uma dieta balanceada

Excesso de açúcar, sal ou gordura são os principais vilões de uma alimentação adequada. Uma dieta balanceada inclui porções de frutas, legumes e verduras, além das proteínas advindas das carnes, de preferência, as magras.

  • Controle o colesterol

No Brasil, 40% da população tem colesterol alto e boa parte não sabe que tem a doença. A gordura ruim presente na circulação sanguínea é proveniente da dieta rica em alimentos com gordura saturada e gordura trans, como os embutidos, cortes gordurosos de carne, margarinas, biscoitos recheados, sorvetes entre outros.

  • Controle a glicose

Controlar o índice de glicose é ficar de olho no diabetes . Com esse índice sob a mira, dificilmente a doença pegará você de surpresa.

Fonte: Saúde – iG 

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O diabetes maltrata o coração

A dimensão do problema impressiona: até 80% das pessoas com diabetes tipo 2 morrem em decorrência de complicações cardiovasculares. O dado é ainda mais preocupante porque muita gente ignora a relação da doença com problemas como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com pesquisa feita pelo Datafolha em 2018, apenas 2% dos entrevistados mencionaram males cardíacos como principal causa de morte associada ao diabetes. O grande medo, revelou o levantamento, ainda é amputar algum membro ou ficar cego em razão da enfermidade.

“A realidade é que o diabetes é um dos maiores fatores de risco tanto para o coração quanto para o cérebro”, diz a endocrinologista Hermelinda Cordeiro Pedrosa, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “O excesso de glicose no sangue, característico da doença pela resistência à insulina e juntamente com elevação de colesterol, leva à aterogênese ou, em outras palavras, a um endurecimento atrelado a uma inflamação das artérias”, explica a médica. “E esse processo acaba concorrendo para a formação de placas que entopem os vasos sanguíneos.”

A grande quantidade de açúcar circulando interfere ainda nas proteínas que transportam o colesterol. Com isso, a gordura se acumula, atrapalhando a passagem do sangue. A hipertensão também tem seu papel nesse roteiro. Isso porque o diabetes é marcado pela resistência à ação da insulina, hormônio responsável, entre outras funções, pelo relaxamento das artérias. Então, se falta dilatação, a pressão dentro dos vasos sobe. Tudo somado vira um estopim para abalos no coração.

Movimento para Sobreviver

A conscientização sobre esses perigos é tão importante que sete entidades, entre elas sociedades médicas de diabetes e a de cardiologia e a Boehringer Ingelheim e Eli Lilly do Brasil se reuniram para criar o Movimento Para Sobreviver,com o objetivo de alertar a população sobre as ameaças fomentadas pelo diabetes e a necessidade de rever o estilo de vida para mudar esse quadro. Alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares, claro, entram na equação, juntamente com o uso de remédios para tratar os diferentes fatores correlacionados. “Por décadas se tentou diminuir a mortalidade com medicações para controle de glicemia, do peso, da pressão e do colesterol”, diz o cardiologista José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). “Ainda assim o risco se manteve alto, sobretudo para quem já apresenta alterações cardíacas ou sofreu um infarto ou AVC.”

A classe de medicamentos dos chamados inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT2), ou gliflozinas, descortina um novo caminho no planejamento terapêutico. “O estudo EMPA-REG OUTCOME, feito com pessoas com diabetes tipo 2 e comprometimento das artérias, mostrou que o uso de empagliflozina reduziu em 38% as mortes por doença cardiovascular”, exemplifica José Francisco Saraiva. A explicação está na capacidade do medicamento de inibir uma proteína produzida nos rins, a SGLT2, responsável por absorver parte da glicose e do sódio que são filtradas pelos rins. Decorrente desse bloqueio, mais glicose e sódio passam a ser eliminados na urina, reduzindo assim as taxas de glicemia, ajudando também a controlar o peso e a pressão. “A melhora é tão expressiva que o remédio está sendo testado na prevenção de problemas cardiovasculares inclusive em pessoas sem diabetes”, concluiu o médico.

Fonte: Saúde Estadão

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Somente 7% dos paulistanos apresentam saúde cardiovascular ideal, diz estudo da USP

O estilo de vida nas grandes cidades, permeado por estresse, má alimentação e sedentarismo, pode estar afetando não só a saúde mental de seus moradores, mas também o funcionamento do sistema mais importante do corpo: o cardiovascular.

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), que vem acompanhando há anos os indicadores de saúde de milhares de paulistanos, revela que só 7% dos moradores adultos da capital paulista têm uma saúde cardiovascular ideal, condição que diminuiria o risco de problemas como enfarte ou acidente vascular cerebral (AVC).

O achado faz parte do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), maior pesquisa epidemiológica do país que monitora, desde 2008, 15 mil adultos de 35 a 74 anos em todo o Brasil. Só na capital paulista são 4.000 participantes que têm constantemente seus índices e hábitos de saúde monitorados.

“Para definir o que seria um ‘score’ (pontuação) de saúde cardiovascular ideal, utilizamos uma metodologia da Associação Americana do Coração que considera sete indicadores: hipertensão, diabete, dislipidemia (colesterol alto), índice de massa corpórea (IMC), dieta, atividade física e tabagismo”, explica Isabela Benseñor, professora associada da Faculdade de Medicina da USP e uma das pesquisadoras do Elsa.

Para cada um dos sete indicadores, há cenários considerados ideais. No caso do IMC, o participante precisava estar abaixo de 25 para que fosse classificado como adequado. No caso da dieta, o ideal é que ele consumisse quatro porções de frutas e vegetais por dia, pelo menos duas porções de peixe ou frutos do mar por semana, apenas 450 calorias de bebidas açucaradas por semana, entre outras recomendações.

Foram classificados com a saúde cardiovascular ideal os participantes que apresentaram de cinco a sete indicadores adequados.

De acordo com a pesquisadora, os vilões mais comuns são os relacionados a uma má alimentação ao longo da vida. “Temos o costume de ingerir muito sal e gordura e poucas frutas e verduras, o que torna comum problemas como hipertensão, diabete e obesidade”, relata.

Mudança de hábitos

Participante do estudo, a aposentada Joselina Cardoso Menotti, de 64 anos, não tem todos os indicadores em situação ideal, mas nos últimos anos têm tentado melhorar os hábitos após uma juventude que classifica como “rebelde”.

“Tenho diabete e hipertensão e já estive com sobrepeso. Tenho um histórico familiar porque minha mãe e irmãs tiveram esses problemas, mas meu estilo de vida quando era mais jovem piorou a situação. Eu não me cuidava. Tinha compulsão por doce. Se eu fazia um pudim, queria comer inteiro.”

Depois que começou a ser monitorada pelo Elsa, Joselina diz ter ficado mais consciente do seu estado de saúde e das possíveis consequências de não se cuidar.

“Faço caminhada, evito doces. Eu estava pesando 74 quilos há uns três anos e hoje peso 61”, destaca. “Mesmo que já tenha desenvolvido a doença, eu sei que posso me cuidar e mantê-la sob controle. Não quero perder a visão ou ter um membro amputado por causa de uma diabete.”

Dados

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Na cidade de São Paulo, 24,2 mil pessoas morreram por problemas no aparelho circulatório em 2017, último dado disponível no Datasus, portal de dados do Ministério da Saúde. Somente de enfarte, foram 6.397 vítimas naquele ano na capital, uma média de 17 óbitos por dia.

Para Carlos Alberto Machado, da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia, algumas características comuns das grandes cidades, como trânsito, violência urbana e longas jornadas de trabalho dificultam a adoção de um estilo de vida mais saudável.

“Com medo da violência, as pessoas se fecham mais, não fazem atividades ao ar livre. E com a correria comem mais alimentos industrializados, na maioria das vezes ricos em gordura e sal”, diz o especialista.

Ele afirma que pelo menos 40% dos casos de enfarte e 80% dos AVCs estão ligados à hipertensão e, portanto, poderiam ser evitados com uma dieta com pouco sal, exercícios físicos e controle da doença. “Trinta minutos de exercício por dia já são suficientes para ajudar na saúde cardiovascular.”

Fonte: Notícias Uol